quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Sequência Didática com RPG



1.      INTRODUÇÃO

O RPG surgiu nos Estados Unidos por volta de 1974, como uma opção intermediária entre os jogos simples e tradicionais e os jogos estratégicos de guerra. As aventuras de RPG, normalmente, são inspiradas em filmes de ficção, mostrando ambientação futurista, medieval ou até mesmo mitológica. À medida que vai se popularizando, o RPG tem se tornado um poderoso recurso educacional, pois todo e qualquer tema pode ser adaptado e desenvolvido: meio ambiente, diversidade cultural, saúde, consumo, relações sociais e assim por diante. Possivelmente, a maior contribuição do RPG seja a de simular desafios constantes para os participantes, permitindo que cada um assuma características do personagem e descubra, brincando, novas formas de agir na vida real.

2.      OBJETIVO

O conteúdo e o tema dos RPGs são extremamente variados: experiências científicas, práticas de convivência social, aventuras pelo meio ambiente ou situações-problema extraídas das próprias disciplinas escolares podem se transformar em jogo. O importante é ter um roteiro envolvente e desafiador. Para esta aula, o tema gerador do RPG vivencial (não eletrônico) será a devastação da Amazônia.

3.      ATIVIDADE
Essa proposta deverá ser desenvolvida em 02 aulas:
1ª aula:
Criar um roteiro básico que forneça informações sobre fauna e flora da Amazônia, destacando a importância que esta floresta tem no cenário mundial. No papel de professor-narrador, elabore fichas individuais (de 5 a 10) caracterizando cada personagem do jogo: nome, local de nascimento, local de moradia e função que vai desempenhar na atividade (exemplos: índio, agricultor, pesquisador, militar, garimpeiro, missionário, morador da floresta, executivo de empresa minerador a multinacional, caçador, seringueiro, madeireiro, representante da Funai, representante do Incra). Divida a classe em grupos de 5 a 10 alunos (dependendo do número de personagens que o roteiro prever) e distribua um jogo dessas fichas para cada grupo, pedindo que cada aluno comece a pensar seu personagem para a aula de RPG. Peça aos alunos que realizem pesquisas sobre seus personagens em fontes como livros e internet, sempre considerando o contexto atual amazônico já exposto pelo educador;

2ª aula:

 Adquira dados com 4 ou 6 lados (em número suficiente para atendera todos os grupos de narrativas) para ser jogado em algumas passagens do roteiro, redefinindo o destino de cada personagem na trama. Cada face do dado indica uma pergunta ou ação dos personagens, lançando desafios progressivos que animarão o jogo. Atribua a cada participante as características de seu personagem: corajoso e defensor da natureza a qualquer custo; morador local que nunca se importou com queimadas ou cortes de árvores para sobreviver ou pesquisador estrangeiro que está na Amazônia a trabalho e fica horrorizado com o que vê, etc. Cada personagem pode se vestir a caráter, dando mais veracidade aos diálogos. É interessante, também, que haja um espaço cenográfico montado, através do qual os personagens transitarão e encontrarão os desafios da floresta devastada, ditados pelo jogo dedados. A história pode ter início com a chegada do pesquisador estrangeiro à casa do madeireiro: jogando o dado, um ou outro começará a perguntar o que faz ali, como e onde vive, há quanto tempo e o que pretende com sua permanência no local. Jogam-se os dados várias vezes, para cada personagem, conduzindo a história ao seu objetivo: o problema da devastação da selva amazônica. A seguir, cada grupo apresentará sua narrativa para os demais alunos dos outros grupos, sob a mediação do professor-narrador. Ao final, os alunos poderão representar a história dramatizada sob a forma de redação, de matéria jornalística ou atividade artística, reproduzindo maquetes da fauna e da flora da região.

4.      PAPEL DO EDUCADOR

Nas sessões de RPG, o professor tem o papel de narrador, ou seja, é ele quem orientará os grupos de alunos sobre o tema, a caracterização do cenário e do perfil de cada personagem, bem como dará o contexto inicial da história para que o jogo se inicie. Além disso, fará a mediação ao longo da narrativa, de maneira a garantir que as regras estabelecidas no início sejam cumpridas e a participação de todos seja consistente.

BIBLIOGRAFIA

ZANINNI, Maria do Carmo. A21nais do Primeiro Simpósio de RPG e Educação. 1ª edição. São Paulo: Devir Livraria, 2004.
REIS, Douglas Quintas. Gurps-Módulo Básico. Coleção RPG. 2ª edição. São Paulo: Devir Livraria, 1993.

Aluno: Iury José Sousa

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